quarta-feira, 25 de julho de 2012

De olhos bem fechados

De olhos bem fechados

Deitado no meu sofa, na calada da noite
fecho os meus olhos, viajo pelo universo
procuro por ti, de olhos tapados
liberto a imaginaçao.solto o felino que há em mim
não preciso te ver, nao preciso te sentir
simplesmente fecho os olhos e viajo •liberto-me, deixo que me seduzas
afinal, tu estas aqui, vendas-me os olhos
desabotoas cada botão da minha camisa, libertas a minha paixão
roças os teus lábios pelo meu pescoço
trincas-me os meus lábios carnudos
desenhados a mao, perfeitos para te amar
mas nessa noite, és tu que me amas, és tu que me possuis
de olhos bem fechados, sinto o teu toque
o teu deslizar pelo meu peito
trincas-me o meu mamilo, beijas-me o meu umbigo
eu simplesmente sinto um arrepio que percorre o meu corpo
sinto-te em mim, sinto-me a apaixonar
tu abusas, tu provocas-me, eu sou teu •imovel, mas com o desejo que me corrompe
deixo-te proseguir, deixo-te que me envolvas
cada beijo teu um arrepio, as tuas mãos levam-me a loucura
de olhos bem fechados, sinto que queres mais
num movimento so, tiras-me as calças
deixas-me a nu, simplesmente despido de pudor, de tabus
as tuas maos, acariciam, a tua boca faz-me gemer de prazer
de olhos bem fechados, sinto-te destimida, sem medos
amas-me como nunca o tinhas feito, exploras cada centímetro do meu corpo
fazes-me vibrar, fazes-me viajar pelo universo
e de olhos bem fechados
deste-me o melhor orgasmo da minha vida

João Carlos Aleixo
Em “Devaneios”




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